"Onde não puderes amar, não te demores."
- Vanessa Megale
- 5 de fev.
- 2 min de leitura
Recentemente, tenho negado algumas propostas de trabalho por conta da loucura que é a maternidade.
Aumentar meu tempo de trabalho fora, me sobrecarregaria demais.
E, embora dinheiro sempre faça falta (quem não precisa, né?), tenho refletido muito sobre equilíbrio.
Apertando aqui e ali, estou conseguindo não abrir mão da minha sanidade.
Mas depois de tantas leituras, terapia e reflexões, comecei a me questionar:
Por que preciso renunciar à minha vida profissional? Por que eu nenhum momento considerei abrir mão das exaustivas tarefas que a maternidade me exige?
O que realmente me motiva a tomar essa decisão? Aonde quero chegar com tudo isso?
Antes que alguém me chame de volúvel (como diz minha mãe, rs) ou me julgue, quero compartilhar alguns dados com você.
A gente acredita que tem livre arbítrio, mas será mesmo?
Todas as nossas decisões e atitudes são influenciadas pelo ambiente em que vivemos, pela cultura que nos cerca, pelas pessoas com quem convivemos e pela nossa experiências de vida.
Ter essa consciência é essencial para refletirmos sobre o caminho que percorremos até aqui. Será que todas as decisões que você tomou na vida foram, de fato, genuínas? Baseadas apenas na sua vontade e no que você realmente acredita? Ou será que, no fundo, estamos apenas seguindo um padrão social?
Quantas vezes você ja se pegou tentando se encaixar?
Quantas escolhas foram feitas para atender expectativas que nem eram suas.
Refletir sobre isso nos ajuda a perceber que, talvez, a causa das nossas angústias, doenças e falta de amor pela vida esteja em escolhas desalinhadas com nossa essência — e não nas pessoas ou nas situações externas que culpamos.
E tá tudo bem mudar de ideia.
Tá tudo bem escolher e depois escolher diferente.
Como diz Frida Kahlo: "Onde não puderes amar, não te demores."
Não encurte sua jornada de autoconhecimento. Olhe para suas dores e escolhas com carinho. Permita-se perguntar: Por que estou fazendo o que faço?
Se a resposta for a penas o medo de sair do caminho já traçado, talvez seja hora de repensar.
Nossa passagem por aqui é tão breve… então, por que não escolher viver em vez de apenas sobreviver?
Quanto às minhas escolhas, sigo refletindo sobre elas.
A cada dia, minhas máscaras se tornam menos rígidas. E se eu puder ser uma metamorfose ambulante por toda a vida, já me sentirei feliz.

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