O que pedir sempre o mesmo X-salada me ensinou sobre rigidez mental, neurociência e vida
- Vanessa Megale

- 28 de mai.
- 3 min de leitura
Atualizado: 30 de mai.
Entenda como o seu cérebro cria resistência às mudanças, o impacto disso na sua vida e como treinar sua mente pra se tornar mais flexível, leve e consciente. Neurociência aplicada, com exemplos da vida real.
Eu sou, sim, aquela pessoa que, se vai numa hamburgueria, pede sempre o mesmo X-salada. E não é só porque eu amo esse lanche, não.
É porque, só de pensar em escolher algo diferente… já vem aquele pensamento me assombrar:“Melhor não, hein. E se der errado? E se você não gostar? Fica no seguro. Fica no garantido.”
E não é só sobre lanche. Sempre que a vida me tirou do lugar conhecido, confortável, previsível... eu senti.Senti aquele desconforto no peito.
A ansiedade crescendo.
Aquele medo meio bobo… mas, ao mesmo tempo, muito real e muito limitante.
Por muito tempo, eu me senti mal por ser assim. Me achava esquisita, metódica, ansiosa, controladora… até começar a estudar neurociência. E, de repente… tudo começou a fazer sentido.
O nosso cérebro… ele não foi feito pra gostar do novo.
Ele AMA previsibilidade.
Ama rotina.
Ama segurança.
Porque, pra ele, tudo que é novo, diferente, inesperado… parece uma possível ameaça.
É como se ele dissesse, o tempo todo: Cuidado. Não vai, não. Fica aqui, no que você já conhece. Aqui é seguro. Aqui não tem erro.
Ter esse conhecimento mudou muita coisa na minha vida. Me fez perceber o tamanho do caos que poderia se instalar, se eu continuasse deixando esse medo do novo me controlar.
Eu tenho uma filha entrando na adolescência... e me diz… como é que eu vou criar essa menina, se eu decido viver achando que só o que EU vivi é certo?
Que só o que EU acredito funciona?
Que só a minha visão de mundo… é a correta?
Imagina… que tipo de relação seria essa? Uma relação que não cresce. Que não se adapta. Que não evolui.
E quer saber? Isso não vale só pra maternidade, não. Vale pra vida inteira.
Quando a gente vive com a mente fechada pro novo… começa a ter dificuldade pra tudo. Pra conviver.
Pra se relacionar.
Pra aceitar o outro.
Pra olhar pro mundo de uma forma mais leve, mais aberta, mais empática.
Pensa num simples almoço de domingo, com sua família, seus amigos…E você ali… incapaz de olhar pra quem tem uma escolha diferente da sua. Uma opinião diferente da sua. Um jeito diferente de viver.
Se a gente não aprende a acolher o que é diferente, se a gente não entende que existem outras formas válidas de viver, pensar e existir…
A conexão morre.
O respeito se perde.
E no lugar, fica só… intolerância. Mágoa.
E aquele desconforto que parece nunca passar.
Existe uma coisa que a gente precisa entender, de uma vez por todas: Quando a gente passa a vida inteira obedecendo esse sistema automático do cérebro… esse sistema que só quer proteger a gente de tudo que é novo… nossa mente vai ficando rígida
Dura.
Fechada.
E um cérebro rígido... cria pensamentos rígidos.
E pensamentos rígidos... constroem vidas rígidas.
Vidas solitárias.
Pesadas.
Cheias de mágoas, frustrações e quase nenhuma leveza.
Por isso, te pergunto de verdade: Quando foi… a última vez que você fez algo novo pela primeira vez?
Talvez tenha sido escolher um prato diferente no restaurante...
Talvez, um caminho diferente até o trabalho...
Ou, quem sabe... ouvir, de verdade, alguém que pensa completamente diferente de você.
Fazer algo novo pela primeira vez… não é papo de autoajuda. Não é discurso motivacional vazio. Isso… é neurociência aplicada à vida.
É você ensinar seu cérebro que o novo não precisa ser uma ameaça.Que sair do roteiro… não vai te matar. Que conhecer pessoas novas, ouvir ideias diferentes, experimentar coisas novas... não te coloca em perigo.
Pelo contrário…
Só te faz crescer.
Só te faz viver de forma mais leve.
Mais aberta.
Mais consciente.
Mais sua.
Eu tô tentando… todos os dias, um pouquinho.
Ainda ta difícil abrir mão do meu querido X- Salada, rs.
Mas recentemente topei fazer uma trilha de 10 km, em meio a mata fechada na Serra da Bodoquena na região de Bonito - e ainda levei minha filha junto. :)
Se você quer entender mais sobre como sua mente funciona, como sair desse ciclo pesado de rigidez, autocobrança e pensamentos que te travam...Eu te convido a conhecer meu e-book Terapia de Reconexão Feminina.
Nele, eu te ensino — de forma prática, leve e muito real — como acalmar sua mente, sair do modo automático e, de verdade, começar a construir uma vida mais leve, mais consciente e muito mais alinhada com quem você realmente é.
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Até a próxima
Vanessa Megale






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